Toca milhares de músicas com estas 4 progressões de acordes
Este artigo é especialmente dedicado aos guitarristas ou tecladistas iniciantes que procuram uma forma fácil de aprender a tocar muitas músicas rapidamente. Existem várias excepções mas o objetivo aqui não é conhecer uma coleção de progressões de acordes. Ao invés disso, veremos as quatro progressões de acordes mais utilizadas em milhares de músicas. Uma vez que domines estas 4 progressões, será fácil adaptá-las.
Veremos:
- As 4 progressões de acordes que te permitem tocar milhares de músicas;
- O que fazer com esta informação;
- As tonalidades mais comuns para praticar as progressões;
- Dicas para compor músicas;
Vamos mostrar estas progressões em numeração Romana, o formato que pode ser adaptado a qualquer tonalidade. Os exemplos serão dados na tonalidade de Dó maior.
A Progressão de Blues
Em qualquer tonalidade os acordes I, IV e V (em dó maior: Dó, Fá e Sol), são os principais acordes de várias progressões. Estes acordes são a base da harmonia do Blues mas também da maioria dos estilos musicais. Então a primeira progressão é qualquer combinação destes acordes. Exemplos:
I IV – “Imagine” de John Lennon
I V – “The Gambler” de Kenny Rodgers
I IV V I – “You’re Beautiful” de James Blunt
I V IV I – “All the small things“ dos Blink-182
I IV I V I – Uma progressão de blues de 12 compassos básica.
A Progressão Pop
A próxima progressão de acordes é a mais utilizada na música Pop.
I V vi IV (C G Am F) – Exemplo: “Someone like you” da Adele
Uma variação comum é vi IV I V. É exatamente a mesma progressão mas começando o acorde vi (Am na tonalidade de Dó maior).
A Progressão de Jazz
ii V I (Dm G C) – “Satin Doll“ de Duke Ellington
A Progressão dos anos 50
Esta progressão de acordes e as suas variações eram bastante usadas nos anos 40 e 50:
I vi ii V (C Am Dm G) – “Sherry” de Four Seasons ou “Fool on the Hill” dos Beatles.
I vi IV V (C Am F G) – “Hallelujah” de Leonard Cohen ou “Poor Little Fool” por Ricky Nelson.
A única diferença nestas duas progressões de acordes é Ré menor (na primeira) e o Fá maior (na segunda). Ré menor e Fá maior partilham duas notas (Fá e Lá) tornando-se uma boa substituição um do outro.
Perguntas Comuns
Agora que resumimos 100 anos de música popular com 4 progressões de acordes, vamos fazer umas questões para colocar isto em prespectiva:
Porque são estas progressões tão utilizadas se há tantas outras possibilidades?
Porque estas progressões de acordes funcionam. Isto não quer dizer que todas as músicas escritas nestas progressões de acordes vão ser um sucesso. Mas a composição popular é um equilibrio delicado entre criar algo considerado novo e original mantendo a familiaridade do som, o que oferece algo confortável ao ouvinte passivo para se agarrar à música.
Como podem duas músicas que utilizam a mesma progressão de acordes soarem tão diferente?
Os acordes são apenas uma parte do que constitui a música. Temos várias outras variáveis para criar sons diferentes com os mesmos ingredientes, como:
- Tocar em diferentes tonalidades – por exemplo Fá maior ao invés de Dó maior;
- Arranjo – Quais os instrumentos que estão a ser utilizados para tocar as partes da música e como estão misturados.
- Extensões de acordes – Adicionar 7ª, 9ª, 11ª, 13ª, ou outras alterações ao acorde pode mudar drásticamente o seu som.
- Ritmo – O ouvinte agarra-se ao ritmo antes de qualquer coisa. Então ao mudar o ritmo, pode fazer o antigo soar a novo.
- Melodia – São inúmeras as melodias que podem ser criadas em cima de uma só progressão de acordes, tudo criando algo novo.
- Letras – Acima de tudo há uma história a ser contada.
O que fazer com esta informação?
Agora que conheces estas progressões de acordes essenciais, tens um atalho para aprender centenas de músicas. Procura três músicas aqui na internet e vê qual destas progressões utilizam.
Encontrarás várias músicas fora destas progressões de acordes. Contudo, normalmente a base está lá, apenas contem mais um acorde ou a ordem está ligeiramente alterada. Ao dominares estas progressões de acordes os teus dedos já estão prontos para essas alterações.
Em que tonalidades praticar estas progressões?
O bom da numeração romana é que facilita a transposição das progressões de acordes para qualquer tonalidade. Mas foca-te primeiro nas tonalidades mais comuns quando fores praticar. Uma vez que as domines é mais fácil tocares em qualquer tonalidade.
Pratica nestas 5 tonalidades mais comuns: C, D, E, G e A.
Dicas de composição musical
Como compositor tens a escolha de utilizar estas progressões ou não. É uma questão do quão desejas desafiar o ouvinte. O melhor é achares um equilíbrio entre a letra e a música.
Se estás a escrever uma letra que é complexa e difícil de acompanhar mas precisas dessa letra assim, então utilizar uma progressão de acordes mais simples ajuda a que o ouvinte entenda melhor a letra.
Se por outro lado se queres que a música seja o centro da atenção, então podes optar por uma progressão de acordes mais complexa.
Podemos criar música complexa com letras complexas? Claro que sim. Podemos fazer o que quisermos na música. Basta observar como os seus ouvintes reagem.
Agora que sabes estas progressões de acordes basta praticá-las. Quando as dominares deste mais um passo como músico.
-
Produto em promoçãoSuper Pack Guitarrista – Acesso Vitalício€127.00
€560.00 -
Songbook: Êxitos Da Música Portuguesa – Cifras Para Guitarra€21.90
-
Songbook: Cifras Para Guitarra – Volume 1€19.90
-
Songbook: Êxitos da Música Portuguesa – Volume 2€21.90
-
Songbook: Êxitos da Música Portuguesa – Volume III – Livro + App€21.90
-
Produto em promoçãoSuper Pack Pianista Completo – Pack digital€39.90
€70.10 -
Segredos da composição musical€9.90 – €13.90
-
Produto em promoçãoPack Triplo Songbook – Especial€57.00
€65.70 -
Teoria Musical Fundamental (E-book)€16.90