
Quais Escalas Aprender Na Guitarra?
- Postado por Ricardo Frade
- Categorias Guitarra
Last Updated on 28 Março, 2019 by Ricardo Frade
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Quais escalas aprender na guitarra é uma questão comum. E a resposta dependerá do estilo de música que queremos tocar. Neste artigo vamos focar-nos na música popular e não na erudita.
Escala Pentatónica Menor
A escala pentatónica menor é sem dúvida a escala mais popular no mundo da guitarra e da música popular. Porquê? Porque a sonoridade obtida da escala é boa, é versátil e do ponto de vista do guitarrista é confortável de tocar.
Existem cinco formatos possíveis da escala pentatónica menor na guitarra e todos estes formatos (shapes) são abordados e mostrados no seguinte artigo: escala pentatónica menor.
Porque aprender os cinco formatos da escala pentatónica menor?
A primeira e principal razão é que nós queremos ter a liberdade de tocar em todo o braço da guitarra e isso só é possível decorando e juntando todos os formatos da escala. Muitos alunos quando estão a criar os seus improvisos acabam por cometer o erro da “verticalidade”, ou seja, aprendem um formato de escala e improvisam de forma vertical tocando apenas duas cordas por corda.
Invariavelmente estes improvisos tornam-se limitados, então aprender todos os formatos a seu tempo e juntar os mesmos torna-se imprescindível.
Escala Pentatónica Maior
A escala pentatónica maior é a prima maior da escala pentatónica menor. A escala tem os mesmos formatos da escala pentatónica menor. Contudo, a forma como observamos o formato é diferente.
Apesar dos formatos serem os mesmos, os graus da escala são diferentes. Sendo assim é importante aprender os graus da escala pentatónica maior. O artigo sobre a escala pentatónica maior pode ser visto aqui: Escala pentatónica maior.
Escala Blues
A escala Blues consiste na escala pentatónica mas com uma nota de tensão adicionada, tornando-se assim numa escala de seis notas. Normalmente observamos a escala de blues não como uma escala diferente mas apenas como uma nota adicionada à pentatónica.
Ou seja, depois de aprendermos os formatos das escalas pentatónicas basta aprendermos onde adicionar a chamada blue note e já estamos a utilizar a chamada escala de blues.
A Escala Maior e os Seus Modos
A escala maior é uma escala de sete notas e por isso é um pouco mais difícil de utilizar que a escala pentatónica. Não apenas pelo número de notas em si, mas dependendo do acorde que está a ser tocado, a escala maior tem uma ou duas notas que podem criar tensões indesejáveis quando tocadas em conjunto com os acordes.
Por esta razão improvisar com a escala maior requer um pouco de mais experiência. Da escala maior originam-se os modos gregorianos (modos gregos no Brasil),
Por exemplo, se tocarmos as notas da escala de Dó maior mas começando a partir da nota Ré constatamos que o conjunto de intervalos entre as notas é diferente. Cada um destes modos tem um conjunto de intervalos exclusivo que lhes aufere a sua sonoridade característica.
Escala Pentatónica Dominante
A escala pentatónica dominante acontece a partir do quinto modo da escala maior (Mixolído) e tem apenas uma nota diferente da escala pentatínica maior. Esta é uma escala extremamente útil tocada em cima de acordes dominantes.
Escala Menor Harmónica
A escala menor harmónica tem um toque árabe na sua sonoridade. Contudo é uma escala altamente utilizada na música clássica e consequentemente rock neo-clássico como a música de Yngwie Malmsteen utiliza frequentemente esta escala.
Assim como na escala maior, existem sete modos da escala menor harmónica. No entanto apenas o primeiro e quinto modos, Frígio Dominante, são utilizados com frequência.
A Escala Menor Melódica
A escala menor melódica também é uma escala de sete notas. Apesar de muito utilizada na música clássica, fusion e jazz, não é muito utilizada na música popular.
Assim como na anterior, existem sete modos da escala menor melódica. Estes modos podem ser utilizados no rock e no blues. Contudo o resultado é muito mais sofisticado do que os ouvintes possam pretender ouvir nestes estilos.
Por esta razão a escala menor melódica e os seus modos não são muito utilizados no rock ou no blues.
Escalas Simétricas
As escalas simétricas são escalas construídas numa série de intervalos regulares. Existem dois tipos: A escala diminuta e a escala de tons inteiros.
A característica destas escalas é muito mais ambígua do que a escala maior e raramente são utilizadas fora do jazz ou fusion.
É Tudo?
Praticamente. Podemos adicionar ou remover notas destas escalas para criar outras. Podemos também claro aprender arpejos, mas as escalas aqui descritas são tudo o que um guitarrista possa necessitar. E dominar tudo o que foi escrito neste artigo é um trabalho de anos!
Para quem está agora a começar o estudo das escalas aconselhamos que se estude na ordem que este artigo apresenta. O mais importante é assegurarmo-nos que estudamos tempo suficiente cada uma destas e como dito em cima, isto é um trabalho de anos.
Antes de avançarmos para uma nova escala temos de conseguir extrair música da anterior, seja a compor ou a improvisar. O nosso objetivo é ser bons músicos e não bons memorizadores de escalas. É muito melhor conseguir fazer música com uma escala pentatónica do que saber todas as escalas e não fazer qualquer tipo de música.
https://www.facebook.com/RicardoF.Guitarra/
Professor de guitarra e criador da Academiamusical.com.pt, Ricardo Frade é um apaixonado pela música e pretende incentivar o estudo da música em Portugal e Países Lusófonos.
O seu instrumento primário é a guitarra. O instrumento secundário é o piano. É aficionado por bandas sonoras instrumentais, área onde ambiciona atuar. Trabalha com ensino musical, produção musical e deseja conseguir contribuir para a dinamização do ensino da música em Portugal.
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2 Comentários
Ótimo artigo Ricardo!! obrigado pela explanação.
De nada, bons estudos Luciano!